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SET
20
20 SET 2025
AGENDA CULTURAL
CULTURA
Visite! Única no mundo, a Casa de Cacos é um dos pontos de lazer e turismo de Contagem 
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Uma pergunta que deveria ser feita a cada morador de Contagem: você conhece a Casa de Cacos? Isso porque é um local com mais de 60 anos, com curiosidades ímpar e, ainda, um detalhe especial: é uma arquitetura única no mundo. Ao menos, não se tem notícia, até o presente momento, de algo que se pareça com aquilo que está localizado no bairro Bernardo Monteiro, na rua Ignês Glansman, nº 132. 

Entre os pontos de cultura de Contagem é um dos que abre aos finais de semana, sendo uma ótima opção para o lazer da família. Para quem pode ir entre terça e sexta-feira, das 9h às 16h, ótimo. Inclusive, nesse período, é quando a maior parte dos visitantes, os estudantes das escolas municipais, vão ao local, conhecendo a história e os detalhes dessa casa mágica. 

Afinal, quem vai pensar que há uma casa revestida de louças na cidade? Pois há. E quem teve essa ideia foi um geólogo, de nome Carlos Luis de Almeida, popularmente conhecido por Seu Carlos. Por mais de 30 anos, ele foi montando o lugar, antes usada como “casa de campo”. Ele, que morava em Belo Horizonte, no bairro Carlos Prates, vinha para Contagem ou de trem, pela Estação Bernardo Monteiro, ou de carro. E por ali foi pensando uma série de situações, iniciando seu projeto audacioso, que virou o que é hoje. 

E como levou muito tempo para a casa ficar pronta - infelizmente o Seu Carlos não viu a consolidação do projeto, tendo falecido em 1989 -, os detalhes da Casa de Cacos, assim como ela, também são únicos. Há quem visite a casa e conte que “aquele azulejo foi eu quem coloquei” ou “lembro de quando eu conversava com a Fifi” (elefanta revestida de cacos que fica na entrada da casa e que Seu Carlos utilizava para fazer brincadeira com as crianças). Essas e outras histórias são contadas pela gerente Lenna Santos, que quando criança, frequentou muito o local e também conheceu Seu Carlos. 
 

 
A excursões são feitas roteineiramente realizadas na Casa de Cacos  Fotos: Newton de Castro Resende/PMC

“Acho a casa muito importante para a cultura da cidade. Já recebi gente de várias partes do mundo para conhecer o espaço. Mas sinto falta das pessoas de Contagem, que têm esse espaço na cidade, gratuito e cheia de memórias, que poderiam vir mais e conhecer um pouco mais desse casarão maravilhoso”, destacou.  

Artista da cidade, Lenna conversa, diariamente, com os visitantes não apenas sobre suas histórias na Casa de Cacos, como ainda as mais variadas situações. “Um lugar com tantas histórias não pode se resumir a uma ou outra visita. A cada vez que as pessoas veem aqui, elas notam um detalhe diferente, que não tinham visto, um quadro, um azulejo, o próprio terno de cacos que o Seu Carlos usava quando ia aos programas de TV, entre outros. Fora as histórias de outras pessoas, que compartilhadas, se transformam em um verdadeiro bate-papo muito produtivo e até nostálgico”, completou. Recentemente Lenna gravou uma música em homenagem à Casa de Cacos, que pode ser acessada aqui. No clipe, a Casa de Cacos é mostrada em alguns dos seus detalhes. Do chão ao lustre; da toalha ao papel higiênico; das molduras dos quadros ao terno de Seu Carlos: tudo com cacos de louça. E tem muito mais! 

Contudo, entre 2005 e 2021, o local ficou fechado, sendo necessária a sua total recuperação, que levou cerca de 16 meses, até ser devolvida à cidade, em 27 de agosto de 2022, em comemoração ao aniversário da cidade. Tombada pelo patrimônio histórico desde 1991, toda a história do local foi acompanhada pela população de Contagem, visitantes de outras cidades e países mas, principalmente, pelos vizinhos. 

É o caso da Zelita Vieira Rocha, conhecida por todos como “Dona Cininha”. Como as crianças da vizinhança adoravam brincar no local, ela ajudava a cuidar delas: “Lembro dos meus filhos pequenos ajudando o Seu Carlos a colar os cacos na casa. As crianças do bairro adoravam”, relembrou. E como Seu Carlos conseguiu os cacos? São muitas as histórias. Inclusive há quem diga que ele quebrava de propósito quando ia visitar um amigo ou tomar aquele cafezinho em algum lugar. Quem entra pela porta e pelo lado esquerdo da casa pode ver uma parede inteira de xícaras, quase 700. E várias delas de locais comerciais, o que alimenta a “lenda”. 

Já na parte ao fundo, à frente de onde hoje foi construído um anexo mais moderno - que não fazia parte do projeto original -, encontram-se outras xícaras, pratos e detalhes que só quem visita pode perceber.  

Para visitar a Casa de Cacos é bem fácil. As pessoas podem ir no endereço sem agendar. Para grupos com mais de 10 pessoas, pede-se que façam o agendamento que pode ser feito presencialmente ou pelo telefone 31 3398-3289. 

Uma dessas pessoas que optou por uma excursão ao local foi a professora Cleonice Pereira, que dá aulas na escola Educarte Estação do Saber, localizada no bairro Bela Vista. Para ela, “a Casa de Cacos é um local com muitas histórias, vivências e memórias. Por isso cabe a nós, professores, trazer as crianças aqui, para que saibam, desde cedo, o que isso significa, conheçam os detalhes de um lugar diferente como esse. Isso preserva a memória não só do local, como da cidade. E a reação é sempre uma: de encantamento”, detalhou.

 

Serviço 

Casa de Cacos 

Endereço: rua Inês Glansman de Almeida, 132, Bernardo Monteiro 

Telefone para contato/agendamento: 31 3398-3289 

Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h; domingo, das 9h às 13h.

Autor: estagiária Aline Lima, supervisionada pelo jornalista João Cavalcanti
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